quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Algo Diferente

E para marcar esse grande ano de 2008 resolvi inscrever um conto na Festa Literária Internacional de Parati(FLIP). A FLIP talvez seja o mais importante festival literário no Brasil, realizado desde 2003 na cidade de Parati-RJ. Infelizmente não consegui um boa colocação com esse trabalho mas a experiência de inscrevê-lo e competir foi muito bacana. Foi escrito em primeira pessoa em que a personagem é uma garotinha linda(minha filha :)) que ainda não tem consciência da tamanha inspiração que é para a minha vida! Até o nome da menina eu não tive criatividade para mudar e resolvi manter! Ficou muito bom o conto e deixo aqui em registro nesse espaço o material.

Memórias e Indagações de uma Garotinha Chamada Julinha

Hoje acho que acordei bem disposta, mais bem disposta mesmo...a chorar!

Minha gargatinha tá inflamada e exatamente por isso eu fui, literalmente, forçada a tomar antiinflamatórios! Arghhh! Muito ruím. Em toda a minha vidinha de quase dois anos chupei apenas três pirulitos mas foi o suficiente para amar aquele saborzinho doce. Alguém deveria pensar mais nas criancinhas, como eu, que precisam tomar antiinflamatórios, analgésicos, antibióticos e toda a sorte de remédios horríveis e transformar tudo isso em pirulitos bem doces, coloridos e saborosos. Eu já sou um pouquinho chorona e sendo assim não seria difícil forçar a barra mais um pouquinho e fingir está doente, chorar um pouquinho, tudo para tomar...pirulitos! Eu iria amar!

Mas, o detalhe é que apesar dos remédios da noite anterior eu não melhorei muito não e vou mesmo pertubar bastante a coitada da babá e o meu paizinho que precisa trabalhar – o escritório dele fica em casa e que sorte a minha. Por tabela, até os seus colegas de trabalho irão ouvir meus chorinhos. Eu não deveria fazer isso já que assim minha gargatinha vai piorar mais ainda, mas fazer o que? eu gosto de chamar a atenção mesmo! já que sou criança então mãos a obra!

Chato mesmo é quando meu pai vem disposto a reclamar da minha choradeira e até briga comigo um pouquinho. Hum, nem com carinho eu pararia, quanto mais com palmada.

Se eu tivesse a certeza de que ele iria parar tudo o que está fazendo e me levar para passear de carro o dia inteirinho ai sim eu pararia na hora. Só uma visitinha e uma conversinha não adianta não..heheh...palmada também não!

É interessante que todo mundo faz uma relação da minha idade com a minha capacidade de perceber o mundo. Bom, ainda não sou do tipo que acompanha jornais todos os dias mas estou sempre atenta aos acontecimentos da vida. Pelo menos àqueles que tem a ver com a minha vidinha.


Quando meu pai vem alegre – bem alegre – do estádio eu já sei que o time dele ganhou sem precisar atentar meus ouvidinhos para as repetidas vezes que ele fala sobre o placar do jogo para seus amigos ou os nossos vizinhos.


Como quase sempre estou perto da minha maizinha querida, que por vezes está ao lado das suas irmãs ou amigas conversando, eu sempre sei das últimas notícias das novelas diárias, programas de auditório e esses programas tipo big...big alguma coisa.


Meu irmãozinho tagarela então! De tanto ele conversar com seus amiguinhos ou com a gente aqui em casa, acabo sabendo de tudo o que acontece no desenho animado preferido dele.

Eu percebo o mundo de forma bem ampla mas todos pensam em mim como uma pequena garotinha de menos de dois anos. Como minhas aptidões físicas – não sei falar ainda, digamos assim, não me permitem falar e nem quero mesmo isso agora – o meu melhor método para demonstrar descontentamento é chorar, chorar e chorar! E se brincar, mesmo quando estive gostando de algo, dou uma choradinha só para não esquecer.

Outro exemplo disso é que tenho percebido que meu irmãozinho, que tem 10 anos apenas, não está indo muito bem na escola. Daí que quando minha mãe chega da escola, ainda vai repassar as tarefas de casa dele ou, algumas vezes, fazer mesmo tudo porque ele esqueceu ou simplesmente não quis fazer. Pois, primeiro só para fazer o mal, e segundo porque afinal uma garotinha da minha idade precisa de carinho e do colo da mamãezinha, eu vou para cima dela buscar um pouquinho de atenção. Pena, que mesmo com minhas interrupções ela ainda consegue ajudar meu irmão hehehe...Não que ele não mereça – afinal é meu irmão – mas é que não gosto de disputar colo.


Um outro detalhe interessante da minha linda vidinha é quanto aos meus primos e primas. Aliás, nem se eu soubesse contar o número de dedos das minhas mãozinhas eu conseguiria numerar a quantidade de primos e primas que eu tenho. Ô família grande! Mas, é bom que quando nos reunimos o barulho é enorme! E eu me divirto muito com a essa zuada. O detalhe é sobre um priminho meu, o mais novo. Ouço por ai o meu pai reclamando do trabalho que eu dou. Ou melhor, das minhas choradeiras. Acontece que se for comparar com as peraltices desse meu primo...ah, eu diria que eu ainda sou uma recém-nascida. Já ouvi falar de tanta coisa que ele fez: pular da pia, quebrar aparelho de DVD, tirar a fralda suja de cocô e passar por toda uma parede – arghhh..., entrar dentro do vaso sanitário e ficar dando a descarga. Bom, isso é o que eu soube pelos outros mas em nossas brincadeiras e com a nossa língua eu soube de coisas piores, quero dizer, mais engraçadas ainda. E tem gente que reclama só porque eu choro!


Deviam era agradecer já que tenho tanta disposição, para chorar! hehehe


Estava lembrando também de outra tática que aprendir recentemente. Gritar! Mas é um gritinho bem doce, bem fino e bem estridente. Agora são duas armas: já tenho bastante experiência com o choro, e o faço muito bem, e também estou aprendendo a gritar cada vez mais fino.


As vezes me pergunto se, caso eu soubesse falar, eu não poderia por exemplo ser rainha por um dia e ter um troninho só para mim, chupar pirulito à vontade, passa toda uma tarde de sol na minha banheira com água morninha ou passar o dia inteiro na calçada olhando para todo mundo passando. Isso sim é uma coisa que eu adoro! Porta da rua! Tanta gente diferente, tantos carros. Acho interessante também olhar para as feições das pessoas onde posso perceber os mais diversos sentimentos: estresse, alegria, preocupação, desatenção, tristeza, apatia e outros tantos. Os adultos tem muitas e muitas caras mesmo.


De tanto observar o meu própro comportamento e o que eu consigo com ele eu já conclui que o mundo seria bem melhor e mais pacífico se todos os problemas fossem resolvidos da mesma forma como resolvo os meus. Com choro!


Imaginem um homem mau que ao invés de tomar de forma brusca e muito mal educada o telefone celular de uma senhora, ele resolvesse cair em choro implorando por esse aparelho. Ou no caso do meu irmão que tirou notas ruins nas suas provas: bastava chorar pedindo a professora que ela melhorasse a nota dele e pronto, ele escapava de uma bronca da mamãe. Seria uma cena simplesmente amável todos os homens maus em uma penitenciária chorando por liberdade. Alguém iria se compadecer? Certamente, penso eu.


Posso ir até mais além pensando o quanto de guerras poderiam ser evitadas. E se esses ditos grandes líderes mundiais ao invés de despachar seus exércitos para uma guerra, fosse até a um canal de televisão, por exemplo, e chorasse, chorasse, como um bebê de verdade que teve o doce tomado de supetão. Concordo que seria muito engraçado ver o presidente de alguma grande nação chorando e implorando por um pedacinho de terra. A minha cabecinha de menininha de menos de 2 anos acredita seriamente que o problema seria resolvido muito mais rapidamente.


E o meu pai não gosto do meu choro! Imagine se ele se tornasse exemplo mundial da paz? Eu acredito nisso e como não posso levantar essa bandeira sozinha porque afinal nem tenho uma e nem teria condições, digamos físicas, de participar de alguma passeata em prol de tipo de atitude. Alguém tem que ter mais atenção e perceber que nós, bebês ou criancinhas, conseguimos resolver a maioria dos nosso problemas simplesmente chorando. Será que não funcionaria também com esse nosso mundo pertubadinho?


por Eloi Jr.

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Novembro de 2008: SEMINF 2008















O melhor reconhecimento de um trabalho é aquele que parte do seu próprio povo. Até para desmistificar a velha frase de que “santo de casa não faz milagre” - guardada as devidas proporções, é claro! A SEMINF 2008, foi realizada na FACIMP e , também é um evento já tradicional na região, ocorrendo todos os anos e é promovido pelos professores e alunos da própria instituição. Esse evento foi verdadeiramente especial. Especial porque me formei ali. Especial porque reencontrei muitos amigos. Especial porque realmente me senti em casa - estava!. Especial porque como aluno já participei diversas vezes desse evento. E especial porque estava trabalhando nessa instituição como professor e era minha primeira apresentação desde então. O convite para trabalhar como professor surgiu já com o semestre em curso mas não hesitei em aceitar. Mais uma grande experiência certamente.

O evento, também acadêmico, sempre tem algumas situações já comuns. A ausência de alunos do próprio curso de sistemas! Mas, aqueles que compareceram estavam até animados para assistir as palestras.

Nesse evento, resolvi apresentar um trabalho um pouco diferente. Tentei demonstrar um pouco o impacto e a importância da computação embarcada nas nossas vidas. Enfatizei muito no uso do telefone celular pois acredito que ali está o maior exemplo disso. Um pequeno grande ambiente computacional que pode fazer muito por nossas vidas no trabalho e no lazer. O título foi “Computação Móvel: Desafios e Aplicações”. Falei um pouco de computação onipresente também mas o alvo mesmo foi enfatizar a parafernália computacional embarcada em nossos telefones celulares.















Também ministrei um mini-curso de Java-ME utilizando os frameworks LWUIT e Floggy. Desenvolvemos uma aplicação para cadastrar senhas e no final conseguimos instalá-la e rodar com sucesso no telefone celular de um dos alunos. Esse exemplo, apesar de simples, demonstrou muito bem toda a gama de recursos que existem para o desenvolvedor de aplicações mobile. O resultado foi extremamente positivo e certamente deixou os participantes desse mini-curso perplexos com o que conseguimos fazer em apenas 8 horas de treinamento!

domingo, 7 de dezembro de 2008

Outubro de 2008: SETIC 2008















Foi a minha primeira participação na Semana de Tecnologia da Informação e Comunicação-SETIC. O evento é promovido anualmente pela UFPA, campus de Marabá. O convite foi feito pela coordenadora do curso de Sistemas de Informação daquela entidade, a professora Alessandra. Ela também foi minha professora ainda na época da FACIMP. Uma pessoa maravilhosa que me recebeu muito bem. Também me receberam muito bem alguns alunos desse mesmo curso que inclusive já tinham assistido algumas palestras minhas em Belém. Na verdade o convite para participar desse evento surgiu inicialmente através deles. Logo depois, como a professora Alessandra já me conhecia, foi fácil fazer contato. Não poderia deixar de mencionar um presente que recebi desses mesmos alunos que foi uma surpresa para mim. Gostei da camiseta! Novamente, fui muito bem recebido e fiquei muito à vontade durante o dia do evento.

Eu cheguei a pensar em apresentar um outro trabalho relacionado a Java ME para o pessoal da UFPA mas decidi manter a mesma apresentação que já havia feito em Belém sobre o LWUIT. Como o evento era totalmente acadêmico fiz algumas mudanças para tornar a apresentação desse framework mais interessante para os alunos. O resultado foi muito bom pois tinha muita gente no auditório e todos estavam realmente atentos à apresentação.

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Setembro de 2008: V Beljungle

Sempre é bom ir a Belém. Sempre é bom está em Belém. Agora, ir a essa cidade maravilhosa participar de um evento de tecnologia é uma empolgação a mais. Sempre me impressiono com a atenção e o interesse das pessoas (profissionais, estudantes ou apenas curiosos) que vão assistir as palestras dos eventos promovidos pelo grupo de usuários Java de Belém – BelJungle.

Dessa vez o já tradicional encontro anual promovido pelo grupo de usuários Java de Belém (BelJungle) não aconteceu junto à Semana Paraense de Informática-SEPAI. O evento aconteceu nas instalações da Faculdade Ideal-FACI e foi muito bem organizado. Certamente já seria um evento de sucesso mas conseguiu ser mais forte ainda pelo fato de Belém ter participado da grande maratona de eventos Java pelo Brasil que ocorreu no mês de Setembro. Vários eventos ocorreram no mesmo mês e este, em Belém, contou com a presença do Maurício Leal, profissional da Sun responsável por toda essa mobilização de usuários Java no Brasil e do Koshuke Kawaguchi, engenheiro sênior também da Sun. Mas também não poderia esquecer das apresentações de trabalhos dos colegas Anderson Soares, Daniel Alencar, Renato Hidaka, Renato Simões e Paulo Igor e outros que ali estiveram e seus nomes estão me faltando na mente agora.

Tenho que deixar um agradecimento especial ao amigos de longa data Renato Simões e Paulo Igor que sempre me recebem muito bem e nunca esquecem de fazer-me o devido convite para esses eventos.















Todas as palestras foram muito interessantes. A maioria das pessoas que se fizeram presente no evento eram estudantes e tenho certeza que conseguiram adquirir muita informação para ajudá-los na vida acadêmica e profissional.

Apresentei um trabalho sobre o LWUIT - Lightweight UI Toolkit. Esse framework foi lançado pela Sun em maio de 2008 no JavaOne e já está despontando como um dos frameworks de maior sucesso para a plataforma mobile. Era tudo o que um desenvolvedor Java ME precisava! Estou utilizando-o em alguns projetos e a cada dia fico mais impressionado com a riqueza de recursos que existe para desenvolver a camada de interfaces de usuário de uma aplicação mobile. Nessa palestra apresentei alguns tópicos básicos sobre esse framework e a seguir, a partir de um exemplo real e de alterações imediatas em partes do código fui apresentando algumas das suas características.

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Eventos 2008

Terminando o ano e postei muito pouca informação nesse espaço. Participei de vários eventos, desenvolvi diversos trabalhos, vivi diversas aventuras e continuo ausente. Alguns colegas meus tem me cobrado a inserção de pelo menos informações sobre os eventos da qual eu participei. Apesar de concordar que está meio tarde para postar eventos antigos – já está encerrando 2008! - vou fazer assim mesmo. Quem sabe assim eu finalmente não me empolgo e participo mais desse blog. É, eu digo participo mesmo! O blog é meu mas onde eu estava mesmo? :)

Acho que já estava prevendo o quão seria difícil eu está atualizando esse espaço virtual quando do meu primeiro comentário.

Mas, enfim. Cá estou e vou tentar mantê-lo o mais atualizado possível.

Abril de 2008: 9º Forum Internacional de Software Livre

Bom, o ano começou muito bem! Resolvi inscrever uma palestra no 9º Forum Internacional de Software Livre em Porto Alegre e ela foi aprovada! O fisl aconteceu nos dias 17,18 e 19 de abril. Nunca tinha participado de um evento de tal magnitude e importância social. Isso mesmo, apesar de ser um evento notadamente de tecnologia, o seu alcance ia muito mais além do que isso. Participação, colaboração, comunidade, envolvimento são palavras instintivamente transformadas em atitudes nas pessoas que vão a um evento desses.

“O evento reuniu mais de 7,4 mil participantes de 21 países no Centro de Eventos da PUCRS, o maior público desde 2000, quando foi realizado o primeiro fisl. Nos três dias do evento houve debates, palestras, troca de informações e experiências, entre grupos de usuários, desenvolvedores, empresas públicas e privadas que compareceram como participantes, expositores ou patrocinadores. Foram 257 palestras, com nomes nacionais e internacionais, que lotaram todas as oito salas destinadas aos encontros.” São algumas das definições do evento encontrada no site www.fisl.org.br.

Nesse evento, apresentei um trabalho sobre o uso do padrão de imagens SVG em conjunto com Java ME. O título era: Utilizando o Padrão Aberto de Representação de Imagens SVG com Java ME. Na verdade eu demonstrei algumas características do perfil SVG Tiny que é um subconjunto do SVG. O SVG Tiny é voltado justamente para apresentação em dispositivos computacionalmente limitados ou para ser mais exato, os telefones celulares. Essa versão SVG é implementada através da especificação JSR-226 e já está presente em uma grande maioria de telefones celulares vendidos no Brasil. Então é uma excelente tecnologia para desenvolvimento de software. Já a algum tempo tenho utilizado em minhas pesquisas essa combinação SVG Tiny e Java ME. Já foi inclusive motivo de um artigo na revista WebMobile do grupo Devmedia (www.devmedia.com.br).

Foi legal conhecer Porto Alegre mas foi mais interessante ainda está presente todos os dias no Centro de Eventos da PUC-RS junto de todas aqueles pessoas inquietas e ativas. Nunca tinha visto tanta gente louca com um notebook debaixo do braço. Ninguém tinha cara de nerd mas estavam sempre prontos para discutir sobre alguma tecnologia!

Não poderia deixar de citar a presença de alguns colegas de Imperatriz que estiveram lá comigo e inclusive me ajudaram a preparar o meu notebook com a combinação: Ubuntu+Java+Netbeans+Meus exemplos práticos: Terry, Herson, Bruno, Stephan e o Marcelo!